Bem vindo a bordo, marujo!
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Numa era de opiniões planificadas, é preciso nadar contra a corrente para descobrir a verdade. O Senso Incomum nasce da proposição de que uma idéia não deve ser defendida apenas por ser a mesma opinião da maioria das pessoas.
Mais urgente do que repetição de argumentos já conhecidos e repisados no debate público nacional é a definição correta dos termos em uso que constróem nosso raciocínio. São estes termos, palavras, expressões e símbolos do cotidiano que estão sendo perdidos junto com nossa cultura.
A filosofia anglo-saxã preza pelo “Senso Comum”, ou seja, aqueles aspectos da realidade que podemos experimentar no nosso dia-a-dia, e que costumam com facilidade ser perdidos nas abstrações da linguagem técnica, científica, filosófica ou com outras pretensões. 2 e 2 são 4. Se gastarmos mais do que adquirimos, faltar-nos-á dinheiro. É preciso plantar para então colher. E assim por diante.
Infelizmente, este senso comum filosófico está sendo perdido no debate público nacional. Apesar de raciocinarem com alguma técnica lógica, até os mais inteligentes costumam com facilidade se perder com termos, palavras, expressões e símbolos viciados, desgastados, fracos e irreais que divorciam mesmo a gente mais culta do contato com o senso comum, a verdade do dia a dia, axiomática diante de seus narizes.
É comum flagrar pessoas, as mais cultas, descolarem-se da vida real por prezarem demais o que sentem em relação a palavras mal definidas, afastando-se mais da verdade quanto mais estudam e repetem uma terminologia embelezada, que não mais faz sentido no mundo concreto. Presas a esquematismos verbais com vernáculo chic, os melhores raciocínios se perdem nas boas intenções de uma linguagem esvaziada de verdade.
É isto que o projeto Senso Incomum busca resgatar, oculto sob uma mistifório de vocábulos intelectuais e políticos cada vez mais apartados de alguma referência na realidade.
Buscando estudar e compreender o imaginário coletivo, o Senso Incomum navega contra a corrente e questiona até as afirmações mais básicas e primitivas, tratadas como conclusões e não como premissas. Rastreia verdades ocultas sob um escombro de verborragia, cuidadosamente criado para nos divorciar da vida concreta.
Sem medo de ir contra as opiniões já erroneamente cristalizadas, prontas a servirem de base para outras opiniões ainda mais fortes, o Senso Incomum questiona os tabus e os ídolos de uma sociedade que jura que se livrou de preconceitos invioláveis e não idolatra mais nada – inconsciente de que acaba por aceitar qualquer opinião pré-fabricada, desde que alguém grite mais alto ou de que seja a nova correnteza a arrastar os que juram que pensam com a própria cabeça.
Reapresentando a terminologia do nosso debate público à luz da história dos termos, de teorias contrárias ao que é aceito na Academia e na imprensa (sobretudo a maioria absoluta da mídia, que jura que está “contestando” ou “questionando” a própria mídia, justamente quando reproduz o seu discurso), o Senso Incomum busca ser uma âncora que permita ao leitor um ponto de observação mais sólido, assentado e seguro para não navegar à deriva da última corrente.
É com uma âncora que se navega mais longe, é entendendo o passado e singrando contra o turbilhão de erros do presente que se chega ao futuro.
É encontrando um senso incomum ao que está sendo dito que reencontraremos as verdades perdidas da antiga filosofia do senso comum.
Bon voyage, avec bon vent, bonne mer.
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