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NAFTA

Eleição de esquerdista pode facilitar acordo comercial do México com Trump, diz ‘Wall Street Journal’

Motivo seria a cobrança da administração Trump por maiores salários nas montadoras no México; entenda

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A vitória do esquerdista Andrés Manuel López Obrador na eleição para a presidência do México pode, quem diria, facilitar um acordo comercial do país com os Estados Unidos. A análise é do Wall Street Journal.

A lógica é a seguinte. Estados Unidos, México e Canadá formam um bloco de livre comércio, o Nafta, em vigor desde 1994.

Sob o Nafta, montadoras americanas de veículos produzem carros e peças automobilísticas em fábricas localizadas no México. Como os salários no México são mais baixos que nos Estados Unidos, isso oferece uma vantagem competitiva às montadoras americanas, ao custo de gerar empregos no México em vez de em solo americano.

Em seu esforço para trazer mais empregos para os Estados Unidos, o presidente Donald Trump quer que as montadoras escolham: ou as fábricas no México pagam mais, ou mandam os empregos de volta ao país dele.

Negociadores americanos do Nafta chegaram a discutir um piso salarial de US$ 16 por hora. Para se ter uma ideia, trabalhadores mexicanos recebem em médio menos de US$ 8 por hora em linhas de montagem de carros, e menos de US$ 4 por hora nas fábricas de peças. Os carros que não tivessem pelo menos 40% de conteúdo produzido acima do piso salarial ficariam sujeitos a tarifas de importação, segundo uma proposta.

O esquerdista Obrador já sinalizou que seu governo seria receptivo às demandas de Washington por maiores salários no México.

Faz todo o sentido para a administração Trump. As empresas que considerarem muito alto o piso salarial podem trazer os empregos para os Estados Unidos. As que ficarem, ao pagarem salários maiores para funcionários mexicanos, dão motivos para eles não buscarem trabalho do outro lado da fronteira.

Obrador só tomará posse em 1º de dezembro como novo presidente do México.

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