Você deixaria seu filho brincar na casa da Rita Lisauskas?
A colunista sobre maternidade (!) do Estadão acha perigoso crianças brincando em casas que têm armas. Mas a mesma Rita Lisauskas acha inofensivo ver crianças alisando homens nus
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Rita Lisauskas tem uma coluna no Estadão sobre maternidade. Lá você poderá ver posts como “Minha filha não é princesa, meu filho não é príncipe”, estampado com a imagem de uma menininha vestida de princesa mostrando o dedo médio, indicando um matrimonial “vai tomar no meio do olho do cu”, “Sexualidade é assunto para ser conversado desde a infância, garante psicólogo” (sempre tem um “especialista” pra nos garantir que precisamos virar o Jean Wyllys cada vez mais cedo, e quem percebe o macete é teórico da conspiração) e “A ‘ideologia de gênero’ é como a ‘loira do banheiro’: só existe na ficção”, que curiosamente é refutado pelo próprio artigo dos papos de sexo pra crianças logo atrás.
Ah, tudo isso na primeira página. Parece até patrocinada por algum consultório de psiquiatria especializado em suicídio infantil, mas certamente é o que ela pensa de verdade. O que é muito pior.
O artigo mais recente de Rita Lisauskas é intitulado “Você deixaria seu filho brincar na casa do vizinho, sabendo que o pai dele possui uma arma?”, seguido do headline “É a pergunta que não quer calar”. Para quem viveu na periferia e tinha sempre um amiguinho filho de policial, a resposta é óbvia (talvez não do condomínio fechado, cheio de seguranças e no qual só se entra com carros blindados até a medula como é o padrão de jornalistas desarmamentistas).
Mas provavelmente nossos filhos não precisarão ir até a casa do vizinho para conhecer armas: muito mais importante do que um cofre, qualquer especialista em segurança sabe, é educar os filhos sobre armas. Se podem entender sobre sexo, qual o problema de entender que um revólver mata? Eu sabia disso anos antes de entender o que é sexo oral ou como realizar um carrinho-de-mão-agachado. De quebra, ainda evitaremos os filhos de Rita Lisauskas na nossa casa.
Ah, Rita Lisauskas, a super-mãe com livro sobre maternidade lacradora, a colunista do Estadão, rádio Eldorado e revista Crescer (!) defendeu, logicamente, as exposições do Queermuseu e do peladão do MAM, postando a foto e comentando ironicamente: “Meu Deus! Um homem! Um pinto! Que horror.”
Por alguma razão misteriosa, Rita Lisauskas apagou o tweet posteriormente. Ué? Sexualidade não é pra discutir desde a infância? A pergunta que não quer calar, na verdade, é: você deixaria seu filho brincar na casa do vizinho, se você descobrir que o vizinho é a Rita Lisauskas? Afinal, ao invés de ter uma arma para proteger a família de bandidos, a criança pode ser exposta a um pinto alguma hora.
Agora repita comigo: “ideologia de gênero, gramscismo, marxismo cultural etc não existem, são apenas teorias da conspiração de terraplanistas de extrema-direita”. Repita 200 vezes por dia até acreditar.
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