Terroristas atacam jornal de oposição ao PCCh em Hong Kong
Gráfica do Epoch Times, veículo dirigido por opositores do regime comunista chinês, é invadida e destruída em Hong Kong
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Na manhã da última segunda-feira, 12, quatro terroristas invadiram a gráfica do jornal Epoch Times, em Hong Kong, danificando computadores e equipamentos de impressão.
Representantes do jornal afirmam que o ataque pode ser o mais recente esforço do Partido Comunista Chinês (PCCh) para silenciar o jornal.
Segundo Cheryl Ng, porta-voz da sucursal de Hong Kong, o ataque é característico das ações do PCCh com o único objetivo de “silenciar uma agência independente que traz assuntos proibidos no regime comunista chinês.”
Em novembro de 2019 houve um ataque semelhante ao do dia 12, quando quatro homens mascarados incendiaram duas impressoras da gráfica.
Desde 2006 o jornal vem sofrendo atentados. Este último foi o quinto, desde então.
O Epoch Times é um dos maiores veículos de mídia em língua chinesa fora da China, com edições locais nos EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Indonésia, Taiwan e principais países da Europa ocidental.
Em Hong Kong é um dos poucos veículos de mídia independentes, conhecido por sua cobertura sem censura da China, incluindo lutas políticas internas no PCCh, violações dos direitos humanos do regime contra minorias étnicas e grupos religiosos, além de denunciar operações de propaganda e influência de Pequim no exterior.
A edição de Hong Kong também forneceu ampla cobertura independente ao movimento pró-democracia da cidade em junho de 2019.
Porém, em 2020, o governo chinês impôs uma lei de segurança nacional draconiana na cidade, o que restringiu ainda mais a autonomia de Hong Kong, em particular a liberdade de imprensa.
Ng disse que a edição de Hong Kong não se curvará às ameaças violentas e está em processo de reparar os danos. Ela expressou esperança de que a polícia de Hong Kong resolva o caso e leve os quatro terroristas à justiça.
Reações
Um dia após o atentado, um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos Condenou o ataque à gráfica do Epoch Times e instou as autoridades de Hong Kong a investigarem minuciosamente e levarem os criminosos à justiça.
“Os Estados Unidos estão preocupados com o aumento dos esforços para silenciar a mídia independente e suprimir a liberdade de expressão.”
“Estamos empenhados em defender a liberdade de imprensa e um acesso mais livre e mais amplo a informações e ideias em todo o mundo. A liberdade de expressão (…) é fundamental para a transparência”, disse o porta-voz.
Um representante da Aliança Interparlamentar da China, um grupo internacional de legisladores multipartidários de oito países, disse em um comunicado ao Epoch Times:
“Se as autoridades de Hong Kong fossem realmente independentes (…), elas defenderiam o Epoch Times. [Parece que] Hong Kong caiu nas garras de um partido comunista autoritário que não tolera críticas.”
Anders Corr, editor do Journal of Political Risk, com sede em Nova Iorque, viu o ataque como “um distintivo de honra para o Epoch Times, embora caro”.
“Isso mostra que eles estão produzindo um jornalismo contundente contra o PCCh, em um momento em que expor o regime comunista é extremamente importante para a liberdade não apenas hoje, mas num futuro próximo.”
“O uso de marretas contra a imprensa mostra que tipo de futuro terrível que o mundo pode esperar se o PCCh não for barrado”, concluiu Corr.
Com informações de Epoch Times e Epoch Times Brasil
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