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Twitter bane Trump, mas mantém contas elogiando Hitler e defendendo novo Holocausto

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Um porta-voz do Twitter declarou na segunda-feira (17) que contas com “selo azul” pedindo um segundo Holocausto aos judeus não serão banidas da plataforma de mídia social, desde que excluam seus tuites pró-genocídio.

“Se os tweets forem excluídos, não podemos tomar medidas coercitivas contra eles.”

Em outras palavras, tuitar apoio ao massacre em massa contra judeus não entra em conflito com os censores do Twitter, desde que o usuário da conta verificada eventualmente apague as mensagens anti-semitas.

O jornalista freelancer Adeel Raja, que até o último fim de semana ainda era colaborador da CNN, tuitou no domingo (16) para seus mais de 80 mil seguidores: “O mundo de hoje precisa de um Hitler.”

“O que os judeus estão fazendo na Palestina é semelhante ao que os hindus estão fazendo na Caxemira ocupada. Mesma tática”, disse Raja em outro tuíte.

A CNN declarou no domingo que Raja era apenas um freelancer e, como tal, “suas reportagens contribuíram para alguns esforços de coleta de notícias de Islamabad. No entanto, à luz dessas declarações abomináveis, ele não trabalhará com a CNN novamente em qualquer posição.”

Em 11 de maio, a atriz de Bollywood, Veena Malik, tuitou uma citação falsa de Hitler em apoio aos palestinos:

“Eu teria matado todos os judeus do mundo … mas guardei alguns para mostrar ao mundo porque os matei”, disse Malik para seus mais de 1,2 milhão de seguidores. Adolf Hitler nunca disse isso. Malik excluiu o tuíte.

Em 14 de maio, adicionando a hashtag “#IsraelWarCrimes, a atriz tuitou uma charge que mostra um soldado israelense de nariz adunco olhando para um espelho e vendo um soldado da Wehrmacht nazista olhando de volta.

“A ironia de se tornar o que você mais odiava”

Este tuíte ainda está no ar e as contas de Raja e de Malik seguem ativas no Twitter.

Em janeiro passado, o ex-presidente Donald Trump foi banido permanentemente do Twitter por questionar a lisura das eleições de 2020.

Na manhã de 8 de janeiro desse ano, dois dias após o tumulto no Capitólio, Trump tuitou:

“Os 75 milhões de grandes patriotas americanos que votaram em mim, AMERICA FIRST, e MAKE AMERICA GREAT AGAIN, terão uma VOZ GIGANTE no futuro. Eles não serão desrespeitados ou tratados injustamente de nenhuma forma.”

“A todos os que perguntaram, não irei à posse no dia 20 de janeiro”.

O Twitter argumentou à época que as declarações de Trump na rede caracterizam “mais uma confirmação de que a eleição não era legítima” e “um incentivo para aqueles que estão praticando atos violentos”.

A empresa de mídia social explicou:

“Após uma análise detalhada dos tuítes recentes da conta @realDonaldTrump e do contexto em torno deles – especificamente como estão sendo recebidos e interpretados dentro e fora do Twitter – suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitação à violência.”

O Twitter afirma agora que a diferença entre o banimento de Trump e a manutenção das contas da turma pró-holocausto é que estes apagaram seus tuítes ofensivos, e Trump manteve os dele.

Outra justificativa da empresa para o banimento do ex-presidente é o fato de ele estar em uma posição única para causar danos, por ser presidente dos Estados Unidos.

Mas a mesma medida não foi tomada contra outro líder internacional, o aiatolá Ali Khamenei – a conta do líder supremo do Irã ainda está ativa e seus muitos tuítes anti-Israel, inequivocamente pró-genocídio, não foram excluídos.

O jornalista Becket Adams, do Washington Examiner questiona:

“Se o objetivo do Twitter é policiar usuários que são vistos como incitadores da violência, então as regras não deveriam se aplicar a todos – ex-presidentes, líderes estrangeiros, jornalistas e atrizes?”

Com informações de Washington Examiner


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Luigi Marnoto

Luigi Marnoto é cozinheiro e só não foi guia de cego e bombeiro. Atualmente escreve no Senso em troca de uns caraminguas. É pai e avô quase exemplar e campeão de porrinha.

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