De junho: Felipe Neto comemora prisão de jornalista de quem discorda
Cosplay de foca festeja prisão política de um jornalista que criticou o STF e sentencia: "vão cair um por um"
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No extenso anedotário que compõe a ciência oral dos sábios de Sandoha, há uma frase lapidar que diz: “A realidade pede licença uma vez só. Na segunda, dá uma baita dor no cu¹.”
Felipe Neto, artífice da cola quente no Youtube, celebrou a prisão de um jornalista só por ele ter opiniões divergentes da sua. Seu comentário no Twitter é o que se convencionou chamar nos círculos esotéricos de empinadores de pipa de uma tremenda canalhice.
“Vão cair um por um”, grunhiu a foca, digo, o youtuber.
O sr. Felipe não vê nada de estranho na prisão arbitrária de críticos do poder judiciário com base em matérias jornalísticas fantasiosas. O crime de opinião, oficializado pelo Supremo, não configura escândalo ao mestre na arte de grudar chicletes no cabelo.
A ânsia por calar os adversários do sr. Felipe Neto é compartilhada por ditadores, políticos de esquerda e uma espécie de molusco. Não podendo conter com argumentos as visões políticas contrárias às suas, tipos como o sr. Felipe Neto, contumaz avaliador de castelos de Minecraft, recorrem ao poder estatal, nesse caso o …, para silenciar qualquer voz que seja contrária a sua.
“Do lado de cá [ou seja, a esquerda], ninguém”.
Justamente. Essa admissão resume o que estamos assistindo hoje no Brasil: a cúpula do Judiciário promovendo perseguição a adeptos de uma certa orientação política – a direita. pic.twitter.com/VwVXF7SMN4
— Flávio Gordon (@flaviogordon) June 26, 2020
Com a aparência azulada de um Che Guevara e a substância amarelada de um Dick Vigarista, o sr. Felipe Neto não demonstra muita intimidade com valores básicos, como a liberdade de expressão. A mesma liberdade que dá o direito de um Castanhari falar sobre fascismo e nem ao menos levar dois pescotapas ou dois petelecos pela quantidade de besteiras proferidas em tão pouco tempo.
Ouvir um Felipe Neto ou Castanhari (dá tudo no mesmo) falar sobre fascismo é como ouvir Hitler, Stalin ou Mussolini (dá tudo no mesmo também) falar sobre como ganhar likes no YouTube. Nonsense completo.
A dúvida que fica é como alguém que fazia vídeos sobre vacas cogumelos que tiveram filhos bebês no Minecraft ou que descobria truques incríveis pra fazer no cabelo passou a querer opinar sobre política e dar lições sobre fascismo, nazismo? O Brasil é mestre no florescimento de nulidades monumentais e o sr. Felipe Neto parece ser uma delas, nem a primeira nem a última.
Se juntar tudo o que o sr. Felipe Neto falou de útil na sua infância, que já dura mais de trinta anos, não dá o mês de junho num daqueles calendários de Seicho-no-ye. Talvez seja a hora do mancebo se recolher e assimilar os ensinamentos dos sábios de Sandoha. Ou a dor da peida vai ser intolerável.
¹ Ary Toledo fez uso da segunda parte da frase lapidar de PEPP II, pró-cônsul de Sandoha, ao compor a piada do bêbado que acordava com uma nota de 5000 cruzeiros (a piada é de 1984) e ia no bar beber tudo em Antártica (a piada é de 1984).
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