Por que ateus devem comemorar o Natal
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O Natal vem sendo atacado violentamente nos últimos anos sob o argumento de ser uma festa cristã, e nem todos na sociedade serem cristãos. Com efeito, após década de educação construtivista, sob auspícios de pedagogos como Paulo Freire e da centralização da educação no MEC, o ateísmo vem ganhando terreno sobretudo entre jovens.
Não qualquer ateísmo: não é a negação de Deus seguindo os moldes de Nietzsche, Mencken, O’Rourke, Umberto Eco, Comte-Sponville, Hume, Camus, Houellebecq, Cioran, Bernhard, Walter Block, S. E. Cupp. É sempre um ateísmo ligado aos pensadores revolucionários, de Marx e Bakunin a Peter Singer e Judith Butler, passando pela psicanálise, pela Escola de Frankfurt, pelos estruturalistas, pelos desconstrucionistas.
Há diferentes formas de ateísmo, portanto. Isto é importante a se ter em mente quando se quer criticar o Natal. Diágoras e Schopenhauer não concordam em matéria de religião com Noam Chomsky e Marilena Chaui.
Mas é preciso odiar o Natal por ser ateu?
Ao se lembrar do último dia de Natal, em que o blogueiro progressista Leonardo Sakamoto escreveu o arrazoado Leitores relatam terror e pânico na noite de Natal com a família (sic), entupido de relatos de jovens ricaços sem problemas na vida além de algum empecilho momentâneo na satisfação de seus prazeres numa sociedade de fartura capitalista (você acredita mesmo que Sakamoto é lido na periferia ou na favela, entre um funk pancadão ou um rap de tiroteio e outro?!), podemos ter um primeiro estranhamento com a idéia de que o Natal precisa ser repudiado só pela descrença.
(se estiver com prisão de ventre em plena noite de Natal, uma recomendação é também a leitura de Como sobreviver à família ultraconservadora na festa de Natal, do mesmo Sakamoto, relatando como um amigo estava “preocupadíssimo” em passar a noite de Natal na casa da avó, aquela velha fascista que não gosta de celebrar casamento gay.)
O ateísmo ganhou força em fins do último século graças ao progresso científico, que permitiu algumas explicações novas para algumas questões. Se por muito tempo a origem do mundo só poderia ter uma explicação mitológica, a teoria do Big Bang (curiosamente, desenvolvida por um padre) pode explicar o mundo sem a necessidade estrita de uma divindade, por exemplo.
Claro, ou ao menos seria assim, se nosso ateísmo fosse o modelo mais científico – digamos, de Exatas – e não o ateísmo mais… sakamotiano.
Sobrepujamos, portanto, todas as explicações do mundo, num “fim da história” em que tudo está explicado?
Apesar de parecer o contrário, o Ocidente conhece pouco o Cristianismo. G. K. Chesterton, em O Homem Eterno, nota como qualquer sabedoria contada de algum velho chinês de milênios atrás é ouvida com atenção pelo Ocidente, mas ao se falar de um versículo pouco conhecido da Bíblia, tenta-se tratá-lo como familiar e superado. Deveríamos tentar entender o Cristianismo ainda como ouvimos um adágio de um velho chinês.
Pode-se acreditar ou não na veracidade dos fatos, mas o entendimento do seu significado só pode fazer bem (como saber que muçulmanos não são politeístas ou que Taranis é o deus do trovão celta).
Por que, afinal, todas as sociedades tiveram deuses? Não há algo a ser aprendido disto? Por que todas as sociedades inventariam uma mentira que tem um certo “funcionamento” idêntico? E por que todas elas tiveram deuses, mas apenas uma teve uma filosofia e uma ciência, só depois apreendido por outras (naquele movimento chamado de “imperialismo” ou “colonialismo” pela esquerda multiculturalista)?
Podemos tentar esboçar uma resposta para tais questões justamente no Natal.
No que cristãos acreditam é que Jesus nasceu para ser nosso Salvador. Salvar de quê? Esta pergunta exige um conhecimento do mundo da época.
Eric Voegelin, no seu clássico Ordem & História (sobretudo no volume Israel & a Revelação), mostra como as sociedades pré-Revelação hebraica eram sociedades cosmológicas – ou seja, seus símbolos de ordem social eram os mesmos da ordem do cosmo. Não é que uma copie a outra: a ordem social é a ordem cosmológica. Por exemplo, na China, durante milênios, se o imperador não cumprir certos ritos, haverá não apenas uma desordem social, mas uma grande desordem cosmológica – tempestades, tornados, furacões etc. Seria uma visão unitária do mundo – e fechada. Quem não está na ordem social estaria fora do cosmo e seria, portanto, inexistente.
O modelo pré-Israel eram as sociedades da Mesopotâmia, com seus demônios poderosíssimos – como Moloch, que precisava ser saciado sacrificando-se crianças no ventre de suas estátuas para evitar cataclismos. Uma espécie de deus das feministas. Ou podemos pensar nos intermináveis sacrifícios humanos dos maias, para se ter boas colheitas, evitar pragas, eclipses etc (de fato, os maias sacrificavam pessoas até para comemorar boas notícias da natureza, criando até esportes em que os ganhadores eram sacrificados).
Isto joga luzes sobre eventos bíblicos que soam como meras historinhas bobas sem se entender o funcionamento do mundo por centenas de milênios, como as oferendas de Caim e Abel, ou um dos momentos mais importantes da humanidade, quando Abraão demonstra obediência em sacrificar seu próprio filho, Isaac, mas Jeová, ao notar obediência, pede que Abraão interrompa a imolação, criando uma nova forma de relação do homem com a divindade (ver A cicatriz de Ulisses, um dos ensaios de crítica literária mais belos do mundo, na obra-prima Mimesis, de Erich Auerbach).
A Revelação israelita – a longa narrativa do Antigo Testamento – inaugura uma nova ordem social, inédita no mundo até então. Israel está agora no reino da incerteza, com seus atos sendo vigiados de perto por uma divindade transcendente. Sua ordem social não mais imita o cosmo – a Aliança selada no Sinai é que determina o certo e o errado, sem necessidade de um ordenamento cosmológico.
Não é preciso ir muito além para se entender por que logo esta sociedade, futuramente, iria inventar o conceito de “Estado laico” dentro dela, enquanto outras sociedades, que apenas numa visão apressada e platiforme poderiam também procriar ateus “iguais” em sua descrença, nunca aventaram algo parecido.
Mesmo assim, os elementos cosmológicos permaneciam ainda em Israel, com a salvação do povo israelita dependendo de uma coesão social nunca alcançada – de fato, no Antigo Testamento, vemos exílio, tribos nômades em disputa, a lei deuteronômica tentando organizar uma sociedade, uma monarquia que a ignora, fuga, Estado desfacelado, reconstrução e dezenas de banhos de sangue sem arrematar com um “e todos viveram felizes para sempre”.
É aqui que surge o Natal, e uma nova Aliança – não mais da salvação de um povo que nem sempre seguia o certo a se fazer (ao contrário do que uma leitura tosca faz, o Antigo Testamento é muito mais pedagógico pelo mau exemplo do que prescritivo), mas pela salvação individual.
É o surgimento da salvação pela graça, ou mais precisamente, do nosso mundo – o mundo atual, em que vivem todos os ateus. É o novo tempo surgido que é narrado no Novo Testamento.
Se a lei do sacrifício era inerente à estrutura cósmica, o nascimento de Jesus marca o nascimento de Deus encarnado, mas também do filho do próprio Deus (qual outra religião possui uma relação de família e mesmo amizade do homem com Deus? – estas definições bíblicas não surgem por capricho), que é sacrificado justamente para que ninguém mais precise ser sacrificado para a ordem cósmica.
Explica Olavo de Carvalho, este velhinho que todos criticam e descrêem de sua filosofia sem a ler, explicando filosoficamente o que nenhum dos seus detratores jamais ficou sabendo sem ler tais palavras:
Só Deus tem a plenitude do ser, e o que quer que exista sem ser Deus tem uma existência precária, fundada num débito ontológico insanável, que na escala da alma humana se manifesta como culpa.
A Lei do Sacrifício não pode ser suspensa e jamais o foi.
O que Nosso Senhor Jesus Cristo fez foi cumpri-la toda de uma vez, instituindo em lugar do Sacrifício a Eucaristia, que é a recordação do ato sacrificial definitivo. A recordação passa então a ter o valor de uma repetição sem necessidade de novas vítimas.
Antes as vítimas se somavam: 1 + 1 + 1 + 1…
Agora a vítima única se multiplica por si mesma no ato da Eucaristia: 1 x 1 x 1 x 1…
Façam as contas e compreenderão por que o Natal deve ser celebrado.
Já é motivo o sobejante para que um ateu, moderno, científico e secular, celebre o Natal. Há, matematicamente, um certo motivo para se notar como a influência cristã na sociedade, mesmo com todos os seus defeitos (quase todos temporários), tornou o mundo infinitamente melhor do que ele era antes.
Mas também podemos fazer uma pausa neste conceito: secular. Ou seja, o tempo dos séculos, o tempo linear que conhecemos hoje. Com a falsa familiaridade que temos com o Cristianismo, acreditamos fanaticamente que a noção do tempo pelo homem sempre foi assim, quando a noção de tempo histórico, linear e escatológico (tão necessário à esquerda e sua “sociedade perfeita” em que todos finamente vão se amar e não haverá mais conflitos), dependeu da criação da ordem histórica iniciada na Aliança abraâmica (não se trata da narrativa histórica, criação grega).
Aprendemos com Mircea Eliade, em um dos 5 livros mais importantes do século XX, O Sagrado e o Profano, que a diferença entre o que é a percepção do sagrado e o entendimento de algo como profano está em uma certa significação das coisas do mundo, a começar pelo tempo e o espaço.
Se para o profano, ou, abusando-se da falsa sinonímia, do secular, o tempo é apenas um continuum de segundos, para o homem religioso o tempo tem sempre um certo aspecto circular (mesmo para religiões escatológicas, como os monoteísmos abraâmicos). Uma data como o 25 de dezembro (mesmo escolhida arbitrariamente a posteriori da época de Jesus Cristo, “cristianizando” feriados pagãos) é um tempo com um significado diferente do dia 24, do dia 10, do dia 6.
Quando reaparece o dia 25 de dezembro, por mais que a vida continue identicamente (os ônibus precisam ser dirigidos, os hospitais precisam de médicos, pessoas nascem e morrem), há a celebração de algo diferente de outros dias. De fato, em religiões mais “circulares”, como o hinduísmo ou o paganismo europeu, é como se o mundo fosse com efeito recriado naquele dia – como a data de batismo é um renascimento real, merecendo muitas vezes até um novo nome.
O mesmo se dá com o espaço. E com o comportamento: isto, na verdade, nunca é abolido por completo pelo pensamento secular. Há um comportamento, uma vestimenta, um decoro, um uso de certas palavras a ser observado dentro de uma igreja e fora dela – ou numa escola, num tribunal, numa mesa de jantar, num funeral, na cama de dois amantes. São reminiscências do sagrado em nossa vida – ainda que sua origem tenha sido esquecida na mentalidade moderna.
Acreditando-se ou não em Jesus Cristo, importa celebrar seu nascimento. Quando Ele diz que morreu por nós, para nossa salvação, só com o conhecimento do que vai acima entendemos que isto faz diferença inclusive para os ateus. Historicamente, foi isto o que aconteceu, ainda que alguém não acredite na divindade ou mesmo na existência de Jesus. O mundo se tornou outro. Por isto o Cristianismo usa o conceito de cordeiro de Deus (agnus Dei), por ser o animal de sacrifício que agora morreu por todos nós.
A cultura em que vivemos no Ocidente é uma cultura cristã secularizada. Tente-se pensar em algo como uma cultura islâmica secularizada e entenderá o problema. Não existe algo como uma sociedade secular dentro do hinduísmo ou do candomblé. Se alguém é ateu, pode-se dizer, de certa forma, que é um cristão ateu, como o faz a crítica do islam Oriana Fallaci. É como admitir que nascemos no ano que nascemos, no lugar em que nascemos, falamos a língua que falamos, temos as características físicas que temos. Somos o que somos.
Culturas podem ser entendidas como os símbolos que usamos para traduzir a realidade e organizar a sociedade.
Exatamente ao contrário do que pretende certo ateísmo hedonista, que só pode florescer no coração do capitalismo e da cultura ocidental que permitiu a fartura como norma, e não exceção, o que culturas buscam não são apenas formas de satisfação a mais imediata de todos os desejos, mas justamente certas restrições para que este “mundo” não entre em colapso.
Ainda mais ao contrário do que o ateísmo sakamotiano, a esquerda política e o pernosticismo -ismófilo da Academia, quanto mais desprovida de símbolos transcendentes, mais a cultura se torna opressora.
Se o Cristianismo instituiu normas que muitos consideram desagradáveis para o sexo, a alimentação e a morte (o tripé fundamental das religiões), foi também ele que permitiu todas as liberdades das quais usufruímos.
Uma sociedade baseada no secularismo (nenhuma durou mais do que algumas décadas), com seu simbolismo que troca o sagrado pelo político, fatalmente possui menos liberdades: da Revolução Francesa e sua guilhotina contra os “contra-revolucionários” (ecos da sociedade cosmológica), da Revolução Russa e seu Gulag, dos fascismos europeus (ainda que o nazismo tenha alguma inspiração falha na cosmologia pagã nórdica), e mesmo das “sociais-democracias” contemporâneas, a tentativa de criar uma unidade política sem um símbolo transcendente (ainda que racional) só pode funcionar pelo consenso completo entre seus membros – e tal aberração só pode ser obtida pela força – houve tempo de mais legislação de micro obrigações e proibições do que um único ano nas sociedades contemporâneas?
(vide o maravilhoso ensaio In Defense of the Old Republic: Reclaiming the Common Good, de Benjamin Smith, no espetacular site The Imaginative Conservative.)
Sem um simbolismo forte, os mecanismos de coesão social (com o complicadíssimo equilíbrio com a liberdade individual) ficam a cargo da força física, da ditadura da maioria ou, corolário óbvio de um ateísmo revolucionário que apenas quer solapar as bases da cultura ocidental, do espiritualismo muito mais opressivo, fanático e negador da realidade: o islamismo, hoje no mundo o maior amigo da esquerda, tão somente por ser anti-cristão.
É a falta de um simbolismo espiritual, gerando um simbolismo inverso tão somente pela oposição.
Esta é uma vantagem de um simbolismo transcendente que nenhum ateu (pensador, crítico, científico – não um blogueiro progressista) pode negar. No dizer de Roger Scruton, “o conflito fundamental é entre, de um lado, uma religião que deseja ser também um sistema completo de governo fundada em um Direito sagrado e, do outro, sociedades que, enquanto fundadas em uma revelação religiosa, fazem suas Leis e seu governo para si mesmas. O Islã não pode aceitar a jurisdição secular e não pode tolerar formas de governo que marginalizem a obediência religiosa. Por isso não pode, no fim, aceitar o mundo moderno.”
O cristianismo, afinal, é atacado de todas as formas, enquanto o islamismo é sempre protegido pelos progressistas, tão “seculares”. Na América, como lemos por John Dietrich no American Thinker, árvores de Natal, cânticos típicos da data (incluindo versões instrumentais de clássicos como “Noite Feliz” e “Ave Maria”), doações para hospitais com cartões desejando Feliz Natal ou com menções a Deus e a Jesus, demonstrações públicas as mais inofensivas de crença cristã – todos estão sendo sistematicamente abolidos, ainda que sem uma lei ou imposição oficial do governo.
E isto na América, o maior país cristão do mundo. Há tempos que já não se fala mais “Merry Christmas”, preferindo-se um brocochô “Happy Holidays”, para evitar “ofender” não-cristãos (algum ateu está ofendido em ganhar presente do Papai Noel e receber um desejo de bênção?). Até se escreve um icônico “X-Mas” no lugar. No Canadá, trocaram o concerto anual de Natal por uma… demonstração de percussão africana. Mas até mesmo aqui no Conjunto Nacional, em São Paulo, a decoração de Natal foi feita em estilo… árabe, com um presépio em que Jesus não aparece, preferindo-se que sua presença seja “subliminar” (sic).
É o tipo de notícia de importância, urgência e gravidade extremíssimas para o país e o mundo, mas que parece apenas um adorno, uma opção pelo azul no lugar do vermelho, uma idiossincrasia, uma filigrana microscópica, para pessoas que não entendem da história do mundo, da história das religiões, do significado do simbolismo. Com uma Avenida Paulista completamente desenfeitada de Natal graças à crise criada pelo PT, agora temos a imposição rápida e de aceitação imediata do islamismo em substituição não tão lenta ao cristianismo.
Por acaso é tão fácil ser ateu numa sociedade muçulmana quanto numa cristã?
A cultura, portanto, é o conjunto de símbolos que funcionam em nossa mente antes do esquematismo racional, seja uma equação, um silogismo ou os Prolegômenos a uma Teoria da Linguagem. São palavras, gestos, até mesmo desenhos que nos causam uma reação, obediência ou aceitação imediata (algo que nenhum secularismo pode coibir).
Pense-se em palavras como “fascista” ou no desenho de uma suástica inclinada – exatamente o que a esquerda trabalha tanto, por isto repete diabolicamente tais palavras, exigindo reações e inclinações antes de alguém raciocinar e perceber que os inimigos da esquerda são o oposto destas palavras, muito mais próximas à esquerda do que à direita.
É o que Philip Rieff chama de “ordem sacra”. É o que a psicanálise tenta (com um método absolutamente falho) conhecer ao vasculhar o “inconsciente”.
É por isto que, antes da invenção da escrita, os povos criavam mitos: por ser uma narrativa mais ou menos canonizada e transcendente, para que a sociedade fosse ordenada, além de determinar algum paradigma para julgamentos antes das leis escritas – e transmitir algo da beleza da criação do mundo, dos valores a serem louvados, da coesão social.
Não celebrar o Natal por ser uma festa cristã (sem ser de fato cristão) é o mesmo que tentar criticar a própria língua (talvez o segundo principal elemento de uma cultura, com a religião e a alta produção intelectual). Como criticar o português por não possuir declinações ou o inglês por não diferenciar ser de estar.
Sem perceber a importância dos elementos culturais que nos deram tudo o que temos antes mesmo de termos nascido, e tentando criar cisões bobas, um revoltadinho moderno pode achar que é melhor celebrar o aniversário de Newton ao invés do Natal (Newton, astrólogo, alquimista e meio macumbeiro, um símbolo igualmente bem falho para o ateísmo). A única coesão que pode ser obtida é a de xingar a vovó por ter nascido em outra época e achar que Rudolf precisa de cota e nós precisamos aprender a não ser preconceituosos por ele ter o nariz vermelho. Tempos tão chocantemente mais feios, burros e chatos do que o do folclore mitológico do Patinho Feio.
Tenta-se criticar o significado do Natal criticando a festa que o celebra, tenta-se ser maior do que os milênios de tradição e construção do atual presente apenas pela auto-afirmação de que se tem uma explicação para fenômenos hoje que não se tinha na época de Jesus – inconscientes ao fim e ao cabo de que estão criando uma nova religião com esta neura, ao invés de ganhando alguma liberdade e conhecimento.
Basta-se lembrar do episódio de South Park em que a cidade, pela tirania do politicamente correto, retira tudo o que é “ofensivo” a seculares do Natal. E sobra… o Natal mais chato do mundo.
Ser ateu, ao menos um ateu científico (e não um pivetinho intelectual qualquer, que desacredita em Salvação, mas acredita em socialismo), supostamente significaria ganhar algumas liberdades de pensamento e ação. E tudo o que conseguem é serem as malas sem alça mais chatas e hipersensíveis de toda a história mundial, bem mais facilmente ofendíveis do que velhas carolas lendo Olavo Pascucci e com prontidão militar para estragar qualquer prazer e união.
A todos os nossos leitores, um Feliz Natal cheio de bênçãos para celebrar o nascimento do nosso Salvador, com árvores de Natal, Papai Noel, presentes, algodão fazendo papel de neve, ceia, presépio e tudo o que o Natal tem direito. Sejam cristãos, judeus, ateus ou o que for.
Aos ateus progressistas, já passou da hora de desejar feliz Ramadã. É o que vocês logo estarão comemorando de quatro com a testa no chão.
Feliz Natal a todos!
(leia também o maravilhoso artigo Papai Noel em depressão, de Olavo de Carvalho, Christmas in an Age of Existential Crisis, de David French, na National Review, e We need Christianity more than ever in this Age of Atheists, do sempre genial escritor britânico Taki, na The Spectator.)
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