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Explicando a briga entre Olavo de Carvalho, Santos Cruz e Mourão

Por qual motivo os generais Mourão e Santos Cruz não gostam de Olavo de Carvalho?

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Olavo de Carvalho - Hamilton Mourão - Santos Cruz

No novo governo, depois de anos da era Lula-Dilma, Bolsonaro escolheu muitos militares como ministros. Acreditando na eficiência técnica e patriotismo dos seus colegas de farda contra a corrupção reinante no Estado brasileiro.

Antes de mais nada, o professor Olavo de Carvalho sempre defendeu os militares quando estes eram achincalhados na era petista e também defendeu Jair Bolsonaro antes da sua ascensão à presidência.

No entanto, logo após a posse, o vice-presidente Hamilton Mourão começou a contrariar e criticar as pautas que elegeram Bolsonaro. Em janeiro, concede entrevistas criticando e duvidando da capacidade do ministro Ernesto Araújo.

A imprensa, se fizesse o seu papel, deveria perguntar ao vice: por que não manifestou as suas divergências antes? Por que ser vice de um governo com o qual não concorda completamente? Por que desdizer o presidente em público e criticar os seus colegas?

Por algum motivo obscuro, a imprensa não fez essas perguntas até o momento, muito pelo contrário, destacou as suas divergências com o presidente, realçando Mourão como a voz da razão e sensatez. Comprovando, mais uma vez, que a imprensa age como uma velhinha fofoqueira.

Depois das declarações polêmicas do vice, das suas divergências sobre as pautas que elegeram Bolsonaro, Olavo de Carvalho começou a criticá-lo. A imprensa, distante do seu papel de verificar os fatos, disse, em uníssono, que o guru do Bolsonarismo ataca Hamilton Mourão como se fosse um desequilibrado sem motivo algum.

Santos Cruz, Hamilton Mourão, Bolsonaro, Olavo de Carvalho, Bolsonaro

Títulos da mídia no Google entre 27/01 e 02/02

Pelas notícias acima, parece que  Olavo começou a briga, sendo que ele estava defendendo o presidente e seus colegas de equipe.

Após isso, Olavo elogiou os generais Heleno e Santos Cruz:

Mesmos após esses elogios, Santos Cruz ataca Olavo, chamando-o de desequilibrado. Por qual motivo alguém responde a um elogio com uma ofensa? A imprensa, esta pacificadora, esqueceu de perguntar ao general.

Santos Cruz, Hamilton Mourão, Bolsonaro, Olavo de Carvalho, Bolsonaro

Por algum motivo, a imprensa não quer perguntar, a Mourão e Santos Cruz, por que discordam das pautas que elegeram Bolsonaro e, sobretudo, não quer mostrar que as ofensas partiram, em primeiro lugar, desses generais.

Os interlocutores da grande imprensa preferem sustentar a narrativa de que existe uma ala olavista dentro do governo querendo sabotar os militares: ultrabolsonaristas, olavetes, radicais de extrema-direita, bolsonaristas e jacobinos, insultos mascarados de termos políticos.

Os militares, ante essas informações, reagem como se Olavo fosse uma instituição disputando para ver quem tem mais poder dentro do governo. A mídia incita os militares, uma instituição bélica, contra um cidadão privado, um escritor.

Os alunos de Olavo que permanecem no governo são pouquíssimos comparados aos militares e, sobretudo, além das demissões, o professor já disse para os que restam saírem do governo e voltarem a sua vida de estudo.

Depois de dois ou três meses nessa situação complicada, o presidente Bolsonaro, para acalmar os ânimos, resolveu premiar com a ordem de Rio Branco vários membros do governo, dentre tantos Hamilton Mourão e quem também não faz parte do governo, como  Olavo de Carvalho.

Após essa tentativa de pacificação, o clube militar do Rio de Janeiro emite um texto que diz que a “ala militar” tem sido atingida pela “incontinência verbal” de “aventureiros ignorantes mancomunados em uma nova internacional extremista”, ofendendo diretamente Olavo e quem o apoia.

Por qual motivo o Clube Militar reacende as chamas dos generais contra Olavo, após o próprio presidente, o supremo comandante das Forças Armadas, tentar pacificar os dois lados? Para variar, a imprensa, esse anjo caído, não questiona os motivos do clube por tal texto e incita ainda mais os aliados de Bolsonaro a se confrontarem.

Por qual motivo a imprensa ignora esses aspectos e prefere inflar a relação entre o filósofo e os generais? Por que os jornalistas colocam Mourão e Santos Cruz como figuras inocentes e prudentes e o professor como um desequilibrado? Por que colocam Olavo de Carvalho como alguém que ataca sem motivo e não perguntam aos generais que o atacaram antes?

Continua no próximo capítulo...

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Oliver

Oliver é dropista, podcaster e palestrante. Twitter: @Oliver_talk

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