Grande dia: Bolsonaro manda governo cancelar assinaturas da Folha
Todo mundo sabe que o nazismo começou quando o Hitler mandou cancelar assinatura da Folha
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O presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista à TV Bandeirantes que mandou todo o governo cancelar as assinaturas do jornal Folha de S.Paulo, especializado em picuinhas, fake news e chorume nível anal devastation (leia, sério). Também produziu a maior mentira já desmentida que tentou manipular a eleição a favor de Haddad, enganando os trouxas. Tem o Datafolha. E tem coluna do Gregório Duvivier. Ah, e tem o infame “diz leitor”.
Bolsonaro disse: “Determinei que todo o governo federal rescinda e cancele a assinatura da Folha de S.Paulo. A ordem que eu dei [é que] nenhum órgão do meu governo vai receber o jornal Folha de S.Paulo aqui em Brasília. Está determinado. É o que eu posso fazer, mas nada além disso”.
E acrescentou: “Quem quiser comprar a Folha de S.Paulo, ninguém vai ser punido, o assessor dele vai lá na banca e compra lá e se divirta,”
Ou seja: o presidente não quer mais torrar dinheiro público pagando assinatura da Folha, que é consabidamente a besta de carga do pior jornalismo produzido no Brasil (todos os outros são genéricos da Folha, sub-Folhas, Folhas Jrs., nem para serem uma Folhinha).
O que retrucou a Folha? Que não torrar dinheiro com assinatura de Folha (sendo que o próprio dono da Folha está pensando em se livrar do jornal e transformá-lo apenas em um site) é ditadura. Provavelmente as pessoas agora serão torturadas nas ruas, negros serão pendurados em postes, judeus vão virar cinzas, o chão vai se abrir no meio, os dinossauros vão morrer, uma trombeta vai tocar no céu, ninguém mais vai viver feliz para sempre porque o presidente não assina mais a Folha. La démocratie c’est moi.
Uma advogada da Folha chamada Taís Gasparin ainda soltou a pérola: “Trata-se de atitude típica de governos totalitários. Chávez e Maduro (…) fizeram a mesma coisa”. É, fechar jornal na coturnada é a mesma coisa que parar de torrar o nosso dinheiro dando-o à força para a Folha. E esse jornal ainda quer ser levado a sério.
A manchete da Folha ainda diz que Bolsonaro “ameaça anunciantes do jornal”. Fomos procurar a ameaça no texto. E está escrito: “Em tom de ameaça, o presidente também disse que os anunciantes do jornal ‘devem prestar atenção'”. NOOOOOOOOOOOFFA. Que ameação, minha gente!! Como vocês vão dormir com esse tom de ameaça que é noticiado como “ameaça anunciantes”?! É o fim do mundo – todo mundo sabe que o nazismo começou quando Hitler cancelou a assinatura da Folha.
Uma dica para a Folha sobreviver nesses tempos de neo-AI-5, já que nem o dono do jornal parece interessado no jornal (bem… quem está interessado na Folha, senão seus empregados?), é contratar Alexandre Frota e Lobão como colunistas. Parece que é tendência.
Nós também percebemos o corte de gastos de Bolsonaro que diminuiu até o nível de café servido no café-da-manhã com jornalistas. Somos ultra-liberais (mais que o Guedes – austríacos e tal), mas só servir duas xicarazinhas é liberalismo demais até para nós. Pô, Guedes. Libera ao menos o café. Mas nem por isso descrevemos o corte de gastos do governo em tons apocalípticos.
Ah, parece piada, mas a jornalista do texto do chorume contra ter filhos comparou mesmo o caso ao fim da “democracia”.
Recomendamos de verdade que jornalistas da Folha (e tantos outros jornais) façam uma campanha aberta para as pessoas comprarem mais cachorros.
Seus empregos dependem disso.
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