IstoÉ descobre que quarentena não tá rolando na favela
Por alguma razão misteriosa, home office não está funcionando em casas de 40 m2 com famílias com 8 filhos que nem postam foto de vinho no Instagram
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“Na periferia, a ficha ainda não caiu” é o titulo da matéria da revista IstoÉ da última sexta-feira, 3 – uma espécie de jornada pelas ruas das favelas de São Paulo.
Surpreso e preocupado, o colunista Fernando Lavieri descreve as periferias como se fossem um outro mundo, um Brasil paralelo. Terras desconhecidas que precisam ser desbravadas. Lavieri é um verdadeiro Marco Polo de pantufas.
A crise do coronavírus – que pode matar até um milhão de pessoas, de acordo Atila Iamarino, biólogo preferido de Vera Magalhães – parece não assustar os estranhos habitantes do mundo desconhecido pela redação da IstoÉ.
Lavieri não entende como nada mudou nas comunidades. Em suas observações, descreve como os moradores de Heliópolis não seguem as regras da OMS: “Apesar de seguir a vida normalmente, a comunidade corre riscos reais”, lamenta o colunista.
Lavieri choca-se ao constatar que os cultos e missas acontecem normalmente e com um agravante: “a reunião (missa ou culto) acontece em um pequeno espaço fechado”. O horror, o horror.
Ao visitar a feira livre de domingo, nosso Marco Polo não esconde seu espanto ao ver os seres locais praticando hábitos pré-históricos, antes de Cristo. No caso, antes de corona (A.C.): “os moradores também se comportaram no último fim de semana como se estivessem em dias de descanso normais”.
Lavieri, enfim, encontrou uma luz em meio à barbárie: dona Dirce Teriano, de 82 anos , uma nesga de sabedoria, uma deusa Minerva perdida nos cantos do mundo selvagem de Cidade Tiradentes: “Lavo as mãos toda hora e só saio de casa para receber a cesta básica”, disse dona Dirce.
Depois da expedição ao coração das trevas, nosso Marco Polo volta para casa espantando, mas com um fio de esperança por se deparar com a sábia dona Dirce: “[Ela é um dos] poucos moradores que já compreenderam a gravidade da situação”.
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