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Guten Morgen 108: O espectro Trump

Um espectro ronda a América – e o mundo: o espectro de Donald Trump. Mais do que suas chances eleitorais e jurídicas, o que significa uma vitória de Trump agora?

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Guten Morgen, Brasilien! Um espectro ronda a América – e o mundo: o espectro de Donald Trump! A mídia passou a última semana inteira comemorando (literalfando famente) a “vitória” de Joe Biden, dada pela… própria mídia. De repente, o assunto mudou, o tom abaixou, a festa da vitória pareceu os 40 segundos de comemoração do título de Felipe Massa.

Donald Trump está no páreo. Mais do que isto, está com belíssimas chances, e com uma tranqüilidade invejavelmente assustadora. Mas, muito mais do que isto, o que significa a presidência Trump – e um segundo mandato do orange man – no mundo da cultura de cancelamento, das políticas identitárias, dos auto-declarados “Antifa”, de agências de suposto “fact-checking” contra hipotéticas “fake news” e das celebridades podres de ricas, algumas com sérios problemas com pedofilia?

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Curiosamente, quem deu uma chave de leitura bem curiosa para se enxergar este começo de século XXI foi um alemão chamado Karl Marx. Foi o criador do moderno comunismo que afirmou que o capitalismo traria consigo a sua própria ruína, porque “os pobres ficariam cada vez mais pobres, e os ricos cada vez mais ricos”. Que os pobres apenas não faziam a revolução e instaurariam a ditadura do proletariado porque estavam inertes, sem “consciência de classe”, porque estavam enganados pela “ideologia do capital”.

No tempo de vida de Marx, bem ao contrário de sua logorréia, os pobres ficaram cada vez mais ricos, sem que os ricos perdessem dinheiro (riqueza se cria, não apenas se transfere). Marx, portanto, acreditava que o século XX seria o século do comunismo. Pelo contrário, enquanto todos os estudantes de abstrações e teorias de imaginário falavam tanto em revolução, na vida real, no mundo concreto e pontiagudo, a América foi o grande país do globo, sobretudo a partir do último ano da Primeira Guerra Mundial.

Como fica o pensamento da esquerda hoje, pós-queda do Muro de Berlim, pós-Lula, pós-Trump? Exatamente com o que todos os seus contatos de WhatsApp têm contra Donald Trump: a idéia de que… mesmo ricos, mesmo livres, mesmo mais poderosos, estamos sendo enganados pela mesma estrutura descrita por Marx, agora travestida de “racismo estrutural”, “colonialismo”, “sociedade patriarcal”, “interseccionalidade”, “homofobia”, “obscurantismo religioso” ou a caçula da família das desculpas estúpidas, “fake news”.

Trump, portanto, é um homem e um símbolo: um lutador de carne e osso e um símbolo contra os restolhos de marxismo que destróem o Ocidente. E bem ao contrário do que pensam aqueles que apenas interpretam o mundo numa dicotomia entre mercado e Estado, os bilionários de Wall Street, os donos dos prédios mais caros de Nova York, lucram e muito com uma ideologia dada à população para ela se “rebelar” contra o tal “patriarcado” e comprar produtos identitários.

A produção é de Filipe Trielli e David Mazzuca Neto da Panela Produtora, com produção visual de Gustavo Finger. Guten Morgen, Brasilien!


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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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