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Os donos da bola

O Brasil não tem governo, tem dono: nossa Suprema Corte

Casta jurídica indicada em sua maioria pelo PT garante que a velha elite política se perpetue cometendo os maiores abusos contra o povo

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Desde que Bolsonaro tomou posse, a elite política, que acha que o país pertence a eles, com apoio da mídia corrupta, de artistas abobados e de gente sofisticada demais para aceitar seu papel secundário na nova configuração do poder, está fazendo tudo o que pode para sabotar o governo. 

Estamos presenciando uma luta entre a elite homogênea e autoritária, que se acredita dona das pautas de interesse público, contra uma nova classe, heterogênea e disforme, que busca se desvencilhar das garras da burocracia criada para mantê-la no pasto. 

A velha política, acostumada aos conluios da madrugada, acredita ser a única capaz de conduzir os rumos do país, em troca, é claro, de alguns bilhõezinhos do dinheiro público pelos enormes serviços prestados. 

Desde a “redemocratização” (termo mais vazio que cabeça de jornalista), os velhos caciques do norte-nordeste, os sindicalistas e a elite econômica do sul-sudeste desenvolveram esquemas de partilha do dinheiro público, enquanto o beautiful people, muito bem pago, anestesiava o povão com promessas de um futuro luminoso.

Trinta e poucos anos depois, tudo ruiu. E ruiu porque essa elite sanguessuga apostou demais no poder de sedução de seus divulgadores na imprensa. Mas sedução impõe certa graça, tudo o que a atual fina-flor da mídia não possui. 

A maquiagem não resiste sem que, por trás, não haja um mínimo de harmonia nas formas. É como achar que uma Míriam Leitão ou uma Mônica Bergamo possam ficar apresentáveis só com batom hidratante, blush, e máscara para cílios.  

A elite falante, que tem horror aos hábitos do povo, ao mesmo tempo que busca cair em seus braços, não engoliu o apoio maciço dado a um presidente tosco, anti progressista, que prefere sertanejo à MPB refinadíssima, que se ajoelha diante de Deus e não ao ver o logo da Rede Globo num microfone, e que prefere comer um pastel na feira a dar coquetéis elegantérrimos no Leblon ou na Vila Madá. 

Esse ressentimento contaminou praticamente toda a mídia, dos humoristas abobados aos intelectuais mais esnobes (Pondé recentemente declarou que prefere Lula a Bolsonaro). A percepção estética dessa turma é incapaz de captar aquilo que não seja pose. 

A naturalidade só é permitida no homem rude do campo, em geral, representado de forma rasa por artistas incultos e presunçosos. Dos homens do poder se espera aquele garbo, a execução de gestos bem ensaiados, aquela bondade fingida que só nossa elite iluminada é capaz de reconhecer. 

Mesmo Lula, um notório analfabeto de moral muito questionável, grosseiro e beberrão, foi tratado pela imprensa brasileira e mundial como um espontâneo, porém elegante, homem do poder.

Foi isso que dividiu a fidalguia tagarela que mandava no Brasil nas eleições de 2018. O antipetismo dos analistas de pullover e top sider se dividiu entre Amoedo, Henrique Meirelles e Alckmin; já o lado que sempre achou justo o tributo cobrado pelo governo para que os ungidos levassem pão e circo ao povo se dividiu entre Haddad e Ciro. 

Derrotados no primeiro turno, boa parte do escol de antipetistas contumazes se bandeou para a saia de Bolsonaro, engrossando o coro.

Muita gente que esperava um carguinho, uma honraria, uma verba a mais aqui e ali, caiu do cavalo. Bolsonaro parece mais alinhado às necessidades da população do que à voracidade daqueles que sempre sugaram os recursos do país em benefício próprio. A velha política, baseada na troca promíscua de favores, perdeu espaço no atual governo.

O presidente tem seus erros, é claro. Aparenta certa firmeza e depois recua, dá ouvidos a muita gente e acaba se perdendo nesse turbilhão de vozes, faz as piores escolhas no campo jurídico, mas, ao que se saiba, até agora, não fez pactos obscuros, nem financiou gabinete nenhum. 

As matérias que acusavam o governo de financiar blogs e sites eram tão pueris que só convenceu os de coração ferido que esperavam ser a cereja do bolo do governo. 

Esquerda e centrão se uniram para impedir o Executivo de governar. Os interesses se casam: de um lado, a sanha dos agentes globalistas, que querem um poder central e supranacional; de outro, o furor dos antigos donos do poder que querem a todo custo retomá-lo. O povo, para ambos, é um tremendo obstáculo.

A salvação pelo vírus

A chegada do vírus chinês no começo de 2020 despertou o furor da velha política, que foi buscar amparo legal para suas atrocidades locais. A chave de comando foi entregue ao Supremo Tribunal Federal, que fez questão de impor mais obstáculos ainda ao governo federal.

Governadores e prefeitos se viram livres para esculhambar as contas públicas, levar pequenos empresários à falência e, assim, destruir o sonho de uma economia estável, levando o país a um estado crítico.

Desde então, a mídia vem colaborando com o discurso alarmista, chegando ao extremo terror de condenar medicamentos historicamente testados apenas para ratificar a necessidade de restrições mais rígidas, transformando a ciência num sacerdócio que não aceita questionamentos. 

A sanha inquisitorial da imprensa, transformou em hereges qualquer médico, cientista, político, jornalista, que ousasse propor alternativas contra o método científico-trapalhão da OMS e seus especialistas de nariz vermelho.

Agora com a CPI, o contorcionismo midiático para elevar figuras obscuras da velha política está saltando aos olhos de qualquer ser minimamente dotado de algum senso de direção. 

https://twitter.com/leandroruschel/status/1387093399145172993?s=20

O circo está sendo montado para dar palanque aos mais bizarros políticos de toda nossa história. 

De Renan Calheiros a Randolfe Rodrigues, todos estão ávidos para dar seu showzinho afetado contra um governo que ousou ser menos pirotécnico e mais técnico, com todos os erros de  percurso. 

O objetivo é claro: dar ao povo o seu quinhão de ração e diversão em troca da tutela voraz dos sagrados donos da república. Quem está garantindo o poder absoluto que eles sempre sonharam é o nosso Supremo Tribunal Federal.


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Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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