Suécia: “Crianças trans” sofrem graves efeitos colaterais após tratamento
Só depois de causarem danos irreversíveis a pelo menos 13 crianças, hospital universitário conclui que não há suporte científico para tratamento em público infantil
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Diversas crianças sofreram efeitos colaterais graves após serem submetidas a tratamentos hormonais para disforia de gênero, revelou uma reportagem da rede de televisão sueca SVT.
Os dados sobre as extensões dos danos e o número de crianças não foram divulgados pelo Hospital Universitário Karolinska. Mas a reportagem da SVT diz ter identificado pelo menos 13 crianças que sofreram efeitos colaterais graves e lesões.
“Em maio de 2021, o Hospital Universitário Karolinska decidiu interromper novos tratamentos hormonais para crianças e jovens em tratamento trans. Em novas diretrizes, o hospital afirmou que os tratamentos são controversos, que há falta de respaldo científico e que há risco de potenciais efeitos colaterais”, diz a SVT.
A reportagem da SVT encontrou um dos pacientes do hospital. A criança começou um tratamento com bloqueadores hormonais com apenas 11 anos. Quase cinco anos depois, foi diagnosticada com osteoporose e os médicos registraram alterações em suas vértebras. Seu crescimento também foi severamente prejudicado.
Outras lesões sofridas como resultado do tratamento incluem suspeita de danos ao fígado e uma grave deterioração do bem-estar mental. Uma criança também foi diagnosticada com densidade óssea reduzida após dois anos de tratamento com bloqueadores hormonais.
O hospital disse não saber que 13 crianças ficaram feridas com o tratamento. “Somos duas unidades diferentes. O hospital infantil cuida da parte pediátrica – a investigação e o acompanhamento psiquiátrico estão na equipe KID [Investigações de identidade de gênero de crianças e adolescentes] ”, afirmou Svante Norgren, chefe do hospital infantil de Astrid Lindgren no Hospital Universitário de Karolinska.
De acordo com a emissora, nos últimos cinco anos, cerca de 440 crianças com suposta disforia de gênero receberam bloqueadores de hormônios.
O médico-chefe e endocrinologista pediátrico Ricard Nergårdh, que trata disforia de gênero infantil (!), afirma que os bloqueadores realmente podem afetar a saúde do paciente.
“É castração química. Pode afetar o estado mental de uma forma que você não previa e não desejava. É muito importante que o paciente e sua família estejam bem informados sobre isso”, disse o médico.
Imagem: Suécia: Novo Hospital Karolinska, entrada principal Crédito da imagem: Recorte de foto de Holger.Ellgaard (CC BY-SA 4.0 Alguns direitos reservados) Com informações de RT News e SVT Nyheter