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José de Abreu cospe em inocente: macaquinho vê, macaquinho faz

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José de Abreu cospe em clientes

O ator da Globo José de Abreu gabou-se em seu Twitter de ter “cuspido na cara de um coxinha” em um restaurante paulista. Segundo o ator, cuspiu no rosto de um inocente e no da mulher dele. Apesar da dúvida sobre as fanfics de esquerda, um vídeo apareceu pouco tempo depois confirmando a agressão.

Após o ocorrido, José de Abreu ainda os chamou de “fascistas” e “covardes” (art. 140 do Código Penal, pena de detenção de um a seis meses ou multa, além do próprio cuspe).

As três principais ofensas de José de Abreu (“coxinha”, “fascista” e “covarde”) mereceriam um estudo de caso.

Seria hilário, não fosse a regra de 99% das pessoas que usam o termo “coxinha”, se as pessoas que xingam outros disso percebessem que quase sempre estão xingando alguém da sua mesma “classe” social. Como um ator global que, mergulhando nas águas caudalosas do clichê, vai morar em Paris (para depois repetir que mora no Rio de Janeiro quando vê que pega mal quando está tentando xingar alguém de coxinha), pode xingar alguém de “coxinha”?

Quem nesse país, fora mensaleiros e empreiteiras ligadas ao governo que José de Abreu defende, ganha mais do que um ator da Globo? Qual o sentido em um cidadão que defeca dinheiro como ele tentar criticar alguém, acusando este alguém de pensar o que pensa graças à sua condição de vida, que a esquerda hegeliano-marxista trata como determinante para o pensamento (claro, não estamos acusando José de Abreu de entender lhufas de Marx ou Hegel)? Qual o sentido em xingar de coxinha alguém que está no mesmo restaurante que você?

Fascista, na boca da esquerda, é sempre, absolutamente sempre usada como metáfora, não como definição. O fascismo é o movimento sindical totalitário que queria tudo dentro do Estado nas décadas de 30 e 40. Hoje, a esquerda chama de “fascista” quem rejeita os sindicatos, quem rejeita tudo dentro do Estado, quem fala alto, quem não aceita uma visão única de pensamento, quem ela não gosta, quem é perseguido pelo Estado. O pensamento metonímico é a própria definição de ser de esquerda – por isto ela é incapaz de entender Marx ou Hegel, deixando tal trabalho para a direita.

Quem ali no restaurante é autoritário, ignorante, estúpido, intolerante, agressivo, violento, a favor de sindicalismo político e quer tudo dentro do Estado?

http://reaconaria.org/blog/reacablog/video-ze-de-abreu-cospe-em-casal-apos-discussao/

http://reaconaria.org/blog/reacablog/video-ze-de-abreu-cospe-em-casal-apos-discussao/

Por fim, José de Abreu chama sua vítima de “covarde”. Vê-se no vídeo que o ator global que está de pé, rondando a mesa do casal inocente em tom ameaçador e atrapalhando seu jantar. De pé, José de Abreu cospe no casal (ou seja, também na mulher), que está sentado.

Ao contrário do que José de Abreu se pavoneia em dizer no Twitter, sim, o rapaz reagiu, foi para cima, e foi contido por um segurança (ou garçom fazendo as vezes). O ator da Globo provavelmente estaria se fazendo de vítima por ter o nariz arregaçado se não fosse ter se refugiado atrás de um segurança (sempre inventam uma narrativa em que são os heróis, mocinhos e certos, não importando o que aconteça). Como não tomou umas merecidíssimas porradas, afirmou que o casal “não reagiu”.

Verdade e esquerda são incapazes de freqüentar o mesmo continente.

Até o momento, não se viu nenhuma feminista criticando o brucutu ator da Globo de cuspir, de pé, em uma mulher, ainda sentada. Nem mesmo a amiguinha de José de Abreu, Cynara Menezes, a “Socialista Morena”, parece ter dado as caras na internet nas últimas horas.

A notícia “Ator da Globo cospe em mulher em restaurante” seria imediatamente tratada como fascismo, nazismo, Holocausto, patriarcalismo etc. Ao se ler: “Ator da Globo, José de Abreu, cospe em mulher”, sabe-se que toda feminista passa a tratar a mulher como fascista, nazista, manipuladora de câmaras de gãs, machista hidrófoba eleitora do Bolsonaro etc.

Ao contrário do que diz a esquerda, não era por “democracia” que lutavam ainda na democracia de João Goulart, e sim pelo totalitarismo comunista do stalinismo na União Soviética e dos campos de morte de Mao Tsé-tung na China, que juntos sozinhos somaram cerca de 100 milhões de mortes, 5 vezes mais do que o nazismo inteiro em tempos de guerra, 25 vezes mais do que o Holocausto.

11mar2015---jose-de-abreu-vietnamitaApós o falhanço do ideário comunista e suas idiotias como “ditadura do proletariado” (feita por coxinhas como José de Abreu), a esquerda tomou de assalto a cultura com a Escola de Frankfurt (de onde a esquerda passou a ser dominante nas claves de interpretação da crítica literária, no teatro e cinema e na música, embora sobretudo nesta última tenha se refugiado na música popular, tal como no Brasil é a tônica em novelas, o que mataria os frankfurtianos de engulhos).

Posteriormente, veio o sexo livre e a esquerda hedonista da segunda metade dos anos 60. Sem o apelo econômico da “luta operária” e ao menos intuindo (ainda que sem o perceber e formar uma noção mental verdadeira) que os pobres estavam ficando ricos com o capitalismo e que pobre gosta mesmo é de dinheiro, não de pulgueiro de barracão comunista, a “luta de classes” foi substituída pela busca infinita do prazer burguês.

Se ninguém é de fato explorado no capitalismo, inventava-se a crítica que o capitalismo impedia o desfrute infinito de prazeres sexuais, como se o socialismo fosse uma gigantesca orgia em que ninguém precisa trabalhar, quase um paraíso islâmico.

Meio século de esquerda focando-se em defender não mais o proletariado (que Marx não define como motor da história por ser pobre, e sim por ser produtor), e sim no lumpesinato (a ralé urbana que não vive de produção e que Marx odiava, como prostitutas, mendigos, proxenetas, vagabundos, ladrões, golpistas etc) gerou o método esquerdista de se preocupar mais com a própria fisiologia do que com economia – ou alguém aí acredita que José de Abreu e a esquerda brasileira são capazes de entender 3 páginas de Thomas Piketty ou John Roemer?

Funny-Spitting-llamaDaí surgem tipos como o ex-BBB Jean Wyllys e José de Abreu, ambos crias da Rede Globo. Não são intelectuais, nem entendem uma discussão básica a respeito de esquerda. São apenas o rebotalho da produção cultural a mais industrial possível – gente que cairia no lumpesinato, não fosse o capitalismo pagar para eles não serem nada – que, na hora do aperto argumentativo, ao invés de discutir racionalmente (mesmo quando parece fácil), se minimaliza à sua fisiologia.

Jean Wyllys, o ex-BBB alçado a parlamentar socialista, cospe em Bolsonaro. José de Abreu, que quer que o Estado domine a liberdade da sociedade, só precisa chamar suas vítimas indefesas de “fascista” (incluindo mulheres), para seu cuspe não ser alvo de críticas, e sim ser “heroísmo”.

Imagine-se se tivesse tomado uma cusparada, ou se o cuspidor fosse um Danilo Gentili, como estaria a esquerda e a OAB pedindo prisão imediata do humorista. Imagine-se se a direita estivesse ameaçando as pessoas de esquerda com cusparadas por aí, quantas colunas e notícias que logo se tornariam conversas de bar sobre “discurso de ódio” e “intolerância” que “fere a democracia” leríamos.

http://reaconaria.org/blog/reacablog/video-ze-de-abreu-cospe-em-casal-apos-discussao/

http://reaconaria.org/blog/reacablog/video-ze-de-abreu-cospe-em-casal-apos-discussao/

Todos reduzidos pelo próprio esquerdismo à repetição de suas fisiologias. São macaquinhos: macaquinho vê, macaquinho faz. É o legado da cusparada de Jean Wyllys ao mundo: tornar agora qualquer cuspe não apenas permitido, mas até mesmo admirável para quem comunga da fé cega na esquerda. Agora virou jurisprudência. Agora, pode tudo, ainda mais com a OAB criticando as vítimas, e não os algozes.

São as lhamas revolucionárias. São fisiologia pura, inteligência negativa. É o que sobrou para a esquerda mundial após o genocídio socialista e, no Brasil, após 14 anos de PT gerando a maior crise econômica desde Sarney, justamente graças à “distribuição de renda” dos programas sociais. Fisiologia como argumento.

O próximo passo é defecarem nas mãos e atirarem as fezes. Resta saber se precisará ser Jean Wyllys o primeiro a fazer, ou se precisaremos de outra cria da Rede Globo, como José de Abreu, para iniciar a moda.

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Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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