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Cultura

Esquerdistas têm o dever de cancelar a Netflix (e Facebook, Twitter, TV, rádio, biblioteca…)

Não é só por "O Mecanismo": a única forma de os esquerdistas serem coerentes no capitalismo é cancelando a Netflix. E boicotando redes sociais, TV, rádio, livros...

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Pablo Villaça cancela a sua conta do Netflix

Após um petista chamado Pablo Villaça (who?) vir ao grande público (alguém ficou sabendo?) avisar que estaria cancelando a sua conta da Netflix (e nós com isso?) por causa da série O Mecanismo, que dramatiza eventos da Operação Lava-Jato, as redes sociais foram tomadas por “críticas cinematográficas” dizendo que a série “não é verdadeira” ao retratar petistas com a mão na botija e que a Netflix é “fascista, de extrema-direita, nazista, homofóbica, sexista e islamofóbica”. Enfim, o normal para uma segunda-feira.

Alguns outros petistas famosos por serem petistas, como José de Abreu, chamado às vezes de “ator” e que só quem assiste novela das 6 já viu, digamos, “atuando”, também cancelaram a assinatura do Netflix.

A Netflix tem trocentas mil sérias esquerdistas, às vezes num nível psicoticamente jacu. Bastou uma, praticamente satírica, em que todos são criticados (Aécio é chamado de “puta véia”, Temer de “mafioso”), mas na qual o PT não é pintado como o herói do povo que nunca se meteu em falcatrua nenhuma e onde todo o problema do país não é imputado à extrema-direita e à ditadura militar e CATAPIMBA!, estão todos os esquerdistas emputecidos, virou hashtag no Twitter, saiu no Moments, tudo quanto é site da grande e velha mídia replicou o fato pra cima e pra baixo as if anyone cares.

https://twitter.com/tomfm_/status/978672594382675968

Mas a verdade é que esquerdistas têm mesmo o dever, a obrigação moral, até mesmo metafísica, de boicotar a Netflix. Sendo o socialismo um reino de controle absoluto da sociedade pelo Estado, para corrigir a desigualdade social, para os pobres, para o Lula não ser preso, esquerdistas precisam controlar tudo o que não seja, afinal, esquerdista. Uma única empresa privada, um carrinho de cachorro-quente que seja, visando o lucro, e lá se foi o reino da igualdade.

Que dirá uma que cuide da narrativa, como a Netflix. Se a Netflix discordou uma vírgula do projeto de poder bolivariano do PT, só boicotando. Senão, as pessoas não acreditarão mais em socialismo.

E Facebook e Twitter? Fake news, ora. Tem que controlar tudo, pra fazer as pessoas só acreditarem em fontes confiáveis, como a Globo. O melhor é todo mundo apagar o perfil coletivamente. Mas TV que noticie que algum esquerdista está sendo investigado por não ser um anjo? Como não dá pra cassar a  concessão, tem de ficar sem assistir. Perderemos “E biblioteca? Ora, como permitir que um livro que defenda algo que não o Estado absoluto circule, se queremos a igualdade? Como deixar Adam Smith, Mises, alguém ler Olavo de Carvalho? Não pode. Tem que parar com esse negócio e nunca mais entrar em biblioteca.

Não tem escapatória: ou esquerdista boicota tudo e para de consumir tudo do capitalismo, ou o capitalismo vai sempre vencer. Boicote geral imediato, a começar pelas redes sociais!

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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