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Direito

Jornalista Leandro Demori chama juíza Ludmila Lins Grilo de “jumento”

Será esta uma prática comum, tolerada e aceita pela Abraji e pelo Intercept? Será que o "machismo" é tolerável para se referir às jornalistas dos veículos que contratam Demori também?

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Leandro Demori

O jornalista Leandro Demori, que tem aprendido com Reinaldo Azevedo a arte de falar de Direito o dia inteiro sem nada entender sobre leis, tomou uma traulitada nível tatuzão de furar metrô ao se meter com a juíza (e nossa colunista) Ludmila Lins Grilo, após sua participação no II Congresso do MP Pró-Sociedade. Demori é editor-executivo do “Intercept”, site que publica conteúdo receptado de roubo, além de diretor da “Abraji”, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

A juíza Ludmila Lins Grilo deu RT num post com sua participação no Congresso do MP Pró-Sociedade, que destacou uma fala sua sobre globalismo (assunto que Demori não sabe nem o que é).

O gênio do Direito Leandro Demori, que nada entendeu da fala da magistrada, tentou responder falando em “juízes concurseiros da elite brasileira” (sic), fazendo uma troça lacradora, dizendo que não se deve respeitar decisões de juízes (!), por serem “concurseiros da elite” (!!). Ludmila Grilo, com extrema elegância, obtemperou com um passa-moleque a ser lembrado por anos.

Não podendo ver uma vergonha que já quer passar, o jornalista Leandro Demori tentou obter um rápido diploma de Direito no curso “Menções no Twitter”, e atacou de maneira agressiva, gratuita, estúpida e, para piorar, burra a juíza Ludmila, com o clichê “Volta pra faculdade” (um dos chistes mais retardados da língua portuguesa).

O problema para o jurista de 280 caracteres Leandro Demori é que, além de não entender o texto constitucional (o STF está até hoje se batendo com uma das Constituições mais verborrágicas do mundo), não adianta ler um trecho da Constituição achando que tirou a OAB: a lei está em relação hierárquica com outras leis, possui interpretações definidas por tribunais (já viu uma sessão do STF?), além de o Direito Internacional não ser regido simplesmente pela Constituição (é preciso ser um gênio para entender isso?).

Sem poder responder a uma aula de quem sabe do que está falando como a da magistrada Ludmila, sobrou ao pobre gênio Leandro Demori o expediente mais baixo, típico de sua laia: o xingamento. Demori chamou Ludmila Lins Grilo de “jumento”.

E para frisar que falava dela, sem poder dizer que falava de “um jumento qualquer”, ainda reclama de “citar frase de Olavo” (a juíza Ludmila cita uma frase do filósofo em seu perfil). Fora confirmar o que Ludmila havia dito desde o começo, ainda comete mais um erro gramatical em sua tentativa de parecer engraçado. Ou inteligente. Ou simplesmente jogou a tolha, mesmo (impossível identificar).

Isto não seria considerado… como é mesmo o termo que tanto repetem? Ah, sim. “Machismo”?

Agora, gostaríamos de saber da Abraji, do Intercept e demais lugares que contratam Leandro Demori se a prática de chamar uma mulher de “jumento” é prática comum de tais conglomerados, mesmo quando o seu empregado toma uma cajadada de conhecimento tão grande que sua estupidez (em todos os sentidos) fica explícita até a seu próprio público.

Por isso, conclamamos nossos leitores a enviar e-mails para a Abraji (abraji@abraji.org.br, telefone (11) 3159-0344), para o Intercept (legal@firstlook.org, se bem que para este não deve adiantar muito, e eles podem roubar seus dados) se eles toleram, aceitam, talvez até incentivem práticas como chamar mulheres de “jumento”. Ainda mais para um jornalista tão “diretor” assim.

Por exemplo, será que, ao se discordar de uma das jornalistas da Abraji, como Fabiana Moraes, Gabriela Moreira, Malu Gaspar, Maía Menezes ou Cristina Zahar, se está ok para a Associação chamá-las de “jumentos” em público – é apenas tolerado, ou também incentivado? Está liberado se referir assim a elas nas redes sociais?

O mesmo vale para os jornalistas. Ou para Amanda Audi, Paula Bianchi, Nathália Braga, Tatiana Dias, Luiza Drable, Nayara Felizardo e tantas outras do Intercept. Liberou geral chamá-las de “jumentos”? É agora possível chamá-las apenas assim nas redes sociais?

Leandro Demori será demitido, ou isso é considerado o jornalismo padrão da Associação e do Intercept? Uma ligação de cada leitor nosso é o que pode fazer a diferença. Ligue e mande um e-mail perguntando. Ou será que Demori vai esperar #DemoriJumento aparecer nos Trending Topics? Será que a Abraji é uma associação que prega “feminismo” ou simplesmente tolera o tal “machismo” quando é contra alguém de direita? Pois até agora, tanto Abraji quanto Intercept não se importam com o comportamento tresloucado de Leandro Demori.

Estamos enviando este e-mail para ambos os lugares. Esperamos que nossos leitores também enviem suas versões.

Bom dia. Lemos o seguinte tweet do seu empregado, o jornalista Leandro Demori:

twitter.com/demori/status/1190887355986698245

Gostaríamos de saber se é uma prática aceitável pela Abraji/Intercept que um jornalista, homem, trate uma mulher, juíza de Direito, por “jumento”. Se é uma prática aceita, tolerada ou incentivada pela Abraji/Intercept, pois não vimos nenhuma manifestação contrária da Associação/site.

Em caso afirmativo (e podemos entender o silêncio como consentimento), se também a Abraji/Intercept considera aceitável, admissível, tolerável ou até incentivável tratar todas as jornalistas vinculadas à Associação/ao site como “jumentos” em caso de discordância.

Notamos ainda que Leandro Demori apelou para tal expediente logo após ser publicamente humilhado em um debate, mostrando nada saber de Direito e sendo impertinente, inoportuno, mal educado e grosseiro desde o começo. Esta é a qualidade do jornalismo praticado pelos senhores? É este o tratamento que esperam em troca?

Agradecemos pelos esclarecimentos.

Envie também seu e-mail e, sobretudo, ligue. Queremos saber como a Abraji. o Intercept e demais contratantes de Leandro Demori tratam as suas mulheres.

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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