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Fake News part II

Segunda fake news de Vera Magalhães em um único dia

Auto-intitulada "jornalista profissional" disse que Mandetta "desautoriza Bolsonaro ao recomendar não usar hidroxicloroquina" (sic). Ministro apenas atentou para o risco ÓBVIO da auto-medicação

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Mais uma vez, a jornalista profissional usou sua conta no Twitter para mentir sobre as ações do governo na contenção da pandemia do coronavírus. Vera escancarou de vez seu viés ideológico, confundido seu papel de jornalista com o de militante. 

Vera, fazendo uso do que parece ser a poética de um chihuahua, disse: “Mandetta e secretário recomendam não usar hidroxicloroquina. Não comprem, não usem, não é comprovado, frisam, com visível constrangimento por terem de desautorizar o presidente sem fazê-lo.”

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Não é fácil transcrever para o português o que Vera disse, mas é mais ou menos o seguinte: Mandetta e secretário sem desautorizar ficam constrangidos por ter desautorizado algo que na verdade eles recomendaram não usar, frisando não comprar, não é comprovado, não usem.

Muita calma. Essa é só a primeira etapa da escavação idiomática que nossa equipe de lingüistas altamente capacitados conseguiu extrair até o momento. 

Talvez ela tenha dito que: há em Mandetta e secretário uma intuição de que, caso desautorizem o presidente, ficarão constrangidos já que recomendam não usar hidroxicloroquina. Parece ser isso. Mas, como sói ocorrer nas grandes obras, a interpretação permanece em aberto.

Depois do árduo trabalho de encontrar a lógica oculta no texto de Vera, vem a grande questão: o que de fato Mandetta e o secretário recomendaram? 

Porque sabemos que, quando alguém se utiliza de outro tipo de meio de comunicação, seja um latido ou o idioma de Vera, é preciso buscar a fonte da confusão. E, para a surpresa de ninguém, Mandetta apenas alertou para que não se fizesse uso indiscriminado do medicamento. 

Outra pergunta: Bolsonaro havia recomendado o uso indiscriminado do medicamento?

Vasculhamos aqui em nossos arquivos, procuramos até nas gravações da Luciana Gimenez, e nada. O que encontramos foi a notícia de que o ministério da Saúde havia autorizado o uso do medicamento em pacientes graves.

Vera vem se destacando como uma militante tresloucada no trato com a notícia. Tendo como mentor Martim Vasquez da Cunha, o grande crítico da língua portuguesa, Vera desafia até o mundo das essências ideais platônicas. Em linguagem um pouco mais elaborada, podemos dizer que Vera, ao seguir seu mestre, só fala bosta.

Que a senhora Vera recobre a sanidade o mais rápido possível.

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Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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