Coca-Cola faz campanha “Como ser menos branco” para seus empregados
Conteúdo de curso para funcionários afirma que ser branco é ser opressor, arrogante, abusivo e ignorante. Não sabemos se os ursos polares serão demitidos
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Um funcionário da Coca-Cola vazou imagens de um curso online que pedia, em seu conteúdo, para que o aluno tentasse ser “menos branco” e dava exemplos de proceder para este intento:
Ser menos branco é:
– ser menos opressivo;
– ser menos arrogante;
– ser menos abusivo;
– ter menos certezas;
– ser menos ignorante;
– ser mais humilde;
– ouvir;
– acreditar;
– deixar de lado a apatia;
– deixar de lado a solidariedade branca.
O vazamento foi publicado no perfil do Twitter de Karlyn Borysenko, psicóloga americana especializada em Recursos Humanos.
Este treinamento específico está disponível na plataforma de ensino a distância do LinkedIn e tem autoria de Robin DiAngelo, uma acadêmica – branca, por sinal – pesquisadora de “whiteness studies” (sim, é isto mesmo que você leu e nós temos certa vergonha de traduzir: estudos da branquitude).
Após a repercussão do caso, em declaração dada ao jornalista Chris Pandolfo, do Blaze Media, a empresa não desmentiu o funcionário, mas disse que o curso não era o foco da ação que está sendo promovida na empresa, batizada de Coca-Cola Better Together (Coca-Cola Juntos Somos Melhores, em livre tradução).
Mais tarde, em seu website, a Coca-Cola publicou outra declaração desta vez afirmando que os vídeos em questão não faziam parte do currículo do treinamento.
Karlyn, no entanto, tuitou na tarde de segunda-feira, 22, o print de um e-mail que ela recebeu de um funcionário (não se sabe se é a mesma pessoa do primeiro vazamento) desmentindo a Coca-Cola e afirmando que os vídeos foram retirados no fim de semana após a repercussão negativa.
“A Coca-Cola fez com que o LinkedIn removesse as apresentações de Robin DiAngelo de seu currículo Better Together no fim de semana, enquanto instruía seus funcionários a dizerem a seus amigos e familiares que as imagens virais e o vídeo são falsos”, diz o e-mail.
“Antes de remover os vídeos e slides (…) eu, como muitos outros, assisti a TODOS os vídeos em ordem e testemunhei os vídeos e slides de DiAngelo.”
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