O Charlie Hebdo pintou as vítimas do terremoto na Itália como pizzas. A mania moderna de tratar qualquer um como herói faz novas vítimas.
Criticou-se o uso da faixa "100% Jesus" por Neymar, mas ao mesmo tempo se criticou a proibição ao burkini na França. O que explica?
O judoca egípcio muçulmano Islam el-Shahaby não cumprimentou o israelense Or Sasson. Não é a política que explica: é a religião. A da paz.
A forma como o jornalismo retratou os atentados terroristas sugere relações beirando a cumplicidade. É o que discutimos no nosso podcast.
A lenda medieval de Santiago ensina muito sobre as relações do Ocidente com o islamismo – e como perdemos uma simbologia capaz de superá-lo.
Tico Santa Cruz fez troça da Polícia procurar terroristas em redes sociais. Mas a novidade do Estado Islâmico é justamente o uso das redes.
Uma tragédia, desde Aristóteles, é diferente de um morticínio por banalidades. O que tem significado trágico é a manipulação de nossa visão.
Muito se fala sobre a diferença entre o "islã verdadeiro" e o terrorismo. É fato que só entendendo a religião islâmica poderemos vencê-los.
A visão do Ocidente sobre o terrorismo não vem de livros, e sim de jornais – o vocabulário técnico nunca esteve tão afastado da realidade.
O terrorismo não quer apenas matar: quer passar uma mensagem. Enquanto o Ocidente não a decifrar, será por ela devorado.